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quinta-feira, 22 de novembro de 2012

"Presídio do Quinari não passa de um elefante branco", diz sindicalista


Ele servirá de base para uma ação civil pública, proposta pelo sindicato, e para um debate público sobre a realidade dos presídios da Capital.

Em entrevista concedida a Agência ContilNet, o presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários do Acre (Sindap/AC), Adriano Marques, resolveu falar sobre as precariedades dos presídios acreanos, sobretudo do presídio de Senador Guiomard, que ele classifica como “elefante branco”.


Segundo Adriano Marques, o sistema carcerário no Estado está a ponto de sofrer um colapso por falta de uma estrutura adequada de segurança, efetivo e material de segurança para o trabalho dos agentes.

“O sistema carcerário estadual vive um momento de precariedade, é um barril de pólvora a ponto de explodir. O governo é conhecedor de todas essas mazelas e, ao invés de reestruturar as unidades prisionais do Estado, prefere gastar o dinheiro público construindo um presídio que não passa de um 'elefante branco'”, denunciou Adriano Marques.

As declarações do sindicalista são baseadas em um relatório que está sendo produzido pelo Sindap/AC.

No documento, que está em fase de conclusão, Adriano Marques denuncia que a unidade recém-inaugurada opera com menos de 5% da sua capacidade de lotação: o presídio tem capacidade para abrigar 500 detentos, mas está sendo ocupado por apenas 75 presos.

De acordo com o presidente do Sindap/AC, o relatório aponta, ainda, que apenas duas câmeras de monitoramento estão instaladas em toda a unidade e que a altura da muralha e a espessura da tela de proteção das alas estão fora dos padrões exigidos.

Porém, mais abusurdo, segundo Marques, é a existência de uma porta, nos fundos do presídio, que não oferece nenhuma segurança e que pode facilmente ser arrombada pelos detentos.

“Para se ter uma ideia, os cabos dos para-raios estão expostos, podendo serem usados para escalar as muralhas. Essas são apenas algumas das irregularidades apontadas no relatório”, revelou Marques.

Adriano Marques disse, ainda, que o relatório será concluído nos próximos dias e será encaminhado ao Ministério Público, governo do Estado e demais órgãos competentes.

Ele servirá de base para uma ação civil pública, proposta pelo sindicato, e para um debate público sobre a realidade dos presídios da Capital.

O presidente do Sindap/AC prometeu, para os próximos dias, novas revelações sobre a verdadeira situação carcerária no Acre, quando apresentará um dossiê com provas documentais de irregularidades e gastos abusivos do dinheiro público.
  

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